Visitinhas de fãs

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Significado de nomes...

Alguns nomes que você pode conhecer, ou não:

Clara - "Brilhante,luminosa e ilustre."

Denise - "Revela uma pessoa alegre, de temperamento gentil e amante da beleza."

Cecilia - "Padroeira da música."

José Luíz - "Deus multiplica,combate glorioso."

Santiago - "Aquele que vence."

Danka - "Estrela da manhã."

Asdra - "Amazona."













sexta-feira, 15 de março de 2013

Variedade de Pessoas

Olhe minhas visitas!!!


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Selena Marie Gomez



Selena Marie Gomez é uma atriz, cantora, compositora, estilista e filantropa norte-americana. Como atriz, é mais conhecida por sua personagem de Alex Russo, na série vencedora do Prêmio Emmy, ... Wikipedia





                                                                     

Tudo por um popstar

Vi Tudo por um popstar e amei!!!! Veja a critica


Jullie, Larissa Bougleux, Thati Lopes e Thais Belchior
brilham no elenco de "Tudo por um PopStar"
Foto: divulgação 

Excelente!

A Aventura Entretenimento estreou nesse último final de semana seu segundo grande musical de 2013. “Tudo por um PopStar” tem exatamente tudo o que o primeiro não tem: um excelente texto roteiro de Gustavo Reiz, adaptando o primeiro livro da best seller Thalita Rebouças, uma direção ágil de Pedro Vasconcelos, um repertório vibrante (direção musical de Jules Vandystadt) que conclama a plateia a cantar a bater palmas junto com os cantores e, sobretudo, de ótimos a excelentes trabalhos de interpretação. “Tudo por um PopStar” é, sim, assumidamente uma peça voltada para o público adolescente. Mas, como também acontece com o teatro infantil, os elogios lhe recaem porque ela consegue resgatar nos adultos o adolescente que ainda existe dentro deles. Eis aí um grande espetáculo! 

Nos primeiros dez minutos, o público já sabe qual é a história, o que está por acontecer, quem são os personagens, o que eles querem. Está claro que haverá um final feliz, mas esquecer disso é uma opção que o espectador faz em prol da boa fruição: queremos saber como as heroínas atingirão o seu objetivo. Manu (Jullie), Ritinha (Larissa Bougleux) e Gabi (Thati Lopes) descobrem que seus ídolos, a banda Slava Body Disco Disco Boys, está vindo para o Brasil e fará apresentações no Rio e em São Paulo. Menores de idade e moradoras do distante município de Resende, como elas farão para 1) convencer seus pais a irem ao show; 2) conseguir dinheiro para viagem, hospedagem e ingressos; e 3) ficarem o máximo possível pertinho de seus ídolos? Aí o drama incia e a plateia começa torcendo por elas. Surge Babete (Thais Belchior), prima mais velha de Manu, e que poderá ajudá-la, mas os desafios seguem. O carro não funciona, a Dona Eulália (Suely Franco) que ficou de leva-las ao Maracanã se atrasa e os problemas continuam aparecendo. Ou seja, habilmente, Reiz entende que quanto mais desafios houver que distanciem o herói da conquista de seu objetivo, mais interessante fica a história, pois é justamente a driblagem desses obstáculos que fortificam os protagonistas, fazendo deles personagens realmente dignos de nossa admiração. 

Pedro Vasconcelos expõe na sessão de estreia (para convidados) um espetáculo com excelente ritmo. A história flui rápida e naturalmente em um ótimo jogo entre os atores e o público e entre os diálogos e o vídeo. O texto é coberto de piadas engraçadíssimas, com participações virtuais do Chapolim, de Suely Franco, Marcia Cabrita e de um filhote de cachorro com cara de “pidão”. O fusca verde Maneco reforça o carisma, os jornalistas de vários estados brasileiros apresentam a força da banda visitante, e a narração da própria Thalita Rebouças é bastante bem articulada com a narração. 

O trabalho de interpretação apresenta grandes jovens atrizes. Jullie, Bougleux, Lopes e Belchior, as protagonistas, ganham o público, dominando o palco com força, conteúdo, clareza e graça. Os demais atores, em participações menores, também acompanham no mesmo sentido e em igual positivo valor. O conjunto levanta a plateia que não sente passar os noventa minutos da narração.

São bastante positivos o figurino de Claudio Parreiras, apresentando bem os personagens e colorindo a história com as figuras criadas pelo texto e pela encenação. Na mesma direção, a iluminação de Luciano Xavier aumenta o tamanho do palco, invade a plateia e conta a história junto com os diálogos e a movimentação. São vivas as coreografias de Alan Rezende, dando forma para a direção musical e os arranjos de Jules Vandystadt, que inclui no repertório de músicas de várias décadas que une a plateia em côro. O único senão da produção é o cenário de Ronald Teixeira que não diz a que veio com as letras emoldurando a rotunda/tela de exposição. 

Thalita Rebouças resgata no público de todas as idades o amor e a admiração por seus ídolos. Depois dos trinta, como jornalista, eu acompanhei por três dias jovens de todas as idades, vindo de todos os estados brasileiros, acamparem em frente ao Hotel Fasano para ter a oportunidade de ver pessoalmente um simples aceno da Lady Gaga no final do ano passado, quando ela veio se apresentar no Brasil. O choro, a dificuldade, a determinação em gritar o nome da estrela, de pedir encarecidamente aos motoristas que passavam de buzinar para que isso chamasse a atenção da ilustre hóspede, o sacrifício em prol de um sonho. Longe de qualquer preconceito, a imagem emociona e é isso que está na história de Rebouças. Mas há algo mais: a força incomparável na vida de todos e de cada um de termos amigos de verdade. Bravo! 



Ficha técnica 

Direção: Pedro Vasconcelos 
Roteiro: Gustavo Reiz 
Co-direção: Marco Bravo 

Elenco: Christian Villegas, Gabi Porto, Igor Pontes, Jullie, Larissa Bougleux, Marco Bravo, Raphael Rossatto, Rosana Chayin, Thais Belchior e Thati Lopes 

Músicos: Lancaster Lopes (contrabaixo), Léo Bandeira (bateria) e Tony Lucchesi (piano) 
Iluminação: Luciano Xavier 
Cenário: Ronald Teixeira 
Figurinos: Cláudio Parreiras 
Direção de Produção: Aniela Jordan 
Supervisão de roteiro: Thalita Rebouças 
Direção Musical: Jules Vandystadt 
Desenho de som: Claret 
Coreografia: Alan Rezende

quarta-feira, 6 de março de 2013

Cinzas do Tetra

Apezar de ser flamenguista tenho o maior respeito com outros times principalmente cm o flu. Veja a historia de minha mãe, Denise, e do meu avô:


As cinzas do tetra

ter, 13/11/12

Por Gustavo Poli
 
Na madrugada do último domingo, no Novo Leblon, condomínio da Zona Oeste do Rio, a advogada mineira Denise Rocha Brandão brigava contra os fogos de artifício. Em seus braços, Cecília, sua filha de seis meses, tentava dormir. Denise esbravejava contra o ruído – mas mentalmente sorria. Pensava nos milhares de pés que pulavam no gramado das Laranjeiras. Torcedora do Fluminense, Denise carregava um pequeno segredo sobre aquele gramado.
 
Agora que o chope tricolor já foi bebido (e desbebido), que a alegria já se diluiu, que a felicidade tetracampeã já passou de dia seguinte para sonho seguinte… é hora de contar a história que aconteceu debaixo da multidão. Debaixo daqueles milhares de pés que invadiram o campo da Rua Álvaro Chaves na madrugada de segunda havia um tricolor que não viu o Fluminense ser campeão. Não com esses olhos que a terra há de devorar. Ali, debaixo daqueles milhares de pés que pulavam, sambavam e se moviam… jazia Antonio Carlos Teixeira Rocha. Ou metade dele.
 
O mineiro Antonio Carlos Rocha nasceu em Ubá em 1945 e se tornou tricolor aos 12 anos por influência de um tio. Cresceu, se mudou para Juiz-de-Fora, se casou e teve três filhos: Denise, Simone e Vítor. Como torcedor viu muitos títulos. Viu o Robertão de 1970. Viu a máquina de 1976. Viu o Brasileirão de 84. Viu o tri de 2010. Quando não podia ir ao estádio tinha um ritual. Amanhecia com a camisa. Gostava de ver o jogo na TV sozinho – sem comentários próximos. Nas derrotas ficava mal humorado.
 
No dia 11 de novembro de 2011, sua neta Clara – filha de Denise – celebrou nove anos de idade. Rocha saiu de Juiz-de-Fora e veio ao Rio de Janeiro comemorar numa festinha no Novo Leblon, condomínoo da Zona Oeste. No dia seguinte, foi ao Engenhão e viu seu Fluminense perder para o América-MG – numa derrota que tirou o time do sonho do tetra… então. Foi o último jogo que ele viu num estádio.
Em 5 de fevereiro de 2012, Antonio Carlos Rocha assistiu na TV a vitória do Fluminense sobre o Arsenal de Sarandí por 1 a 0 . Três dias depois, uma embolia pulmonar apanhou Rocha dormindo. Era uma quarta-feira. Ele tinha 67 anos.
 
Rocha era o que podemos chamar de um tricolor ativamente fanático. Viajava para ver o time. Foi a Argentina duas vezes. Foi ao Chile. Viajou para o Nordeste. Tinha um acervo com mais de 100 camisas tricolores. Comprava todo modelo novo que saia – fosse do primeiro, segundo ou terceiro uniformes. Desde sempre, o Fluminense foi seu companheiro. Ao se aposentar, nos anos 90, transformou a paixão em literatura. Ele escreveu e publicou cinco livros sobre o tricolor das Laranjeiras: “Eu sou é tricolor!!!”, “Fluminense, 100 anos de futebol”, “Castilho”, “Castilho Eternizado” e “O Último homem da defesa”.
 
 
Em busca de material sobre o Fluminense, Rocha era incansável. Pesquisava, telefonava, apurava, garimpava em sebos e bibliotecas. Acumulou com isso um acervo de livros, recortes de jornal, revistas, publicações inúmeras. Como sócio-contribuinte, frequentava as Laranjeiras mesmo morando a quase 200 quilômetros. Uma vez no clube, ele conversava, almoçava, vivia o Fluminense.
Rocha tinha especial devoção por Carlos José Castilho, o goleiro dos anos 50 que virou busto no Fluminense. Castilho, que era chamado de “Leiteria” por conta da sorte que o acompanhava (gíria da época), foi o “guerreiro” precursor. Em 1957, amputou o dedo mínimo para voltar a jogar mais rápido. Daltônico e pegador de pênaltis, o goleiro foi bicampeão do Rio-SP e tricampeão carioca – na época em que o Fluminense ganhava muito e magramente, como aliás fez neste Brasileirão. Nas muitas críticas ao “futebol eficiente” que fez o Fluminense ser tetracampeão – um detalhe ficou meio esquecido: o placar mínimo. O sufoco. O 1 a 0. Ou 2 a 1. Ou 3 a 2 no finzinho.
 
Apesar da vantagem imensa na tabela – que desidratou as teorias conspiratórias de ocasião – o Fluminense foi tetra suando. Ganhou muito e de pouco. Quase sempre no limite. Ganhou, em suma, como Fluminense. Teve Fred – implacável. Nem, imarcável. Gum e Eusébio (e Digão) soberanos. Carlinhos e Bruno, oscilantes mas sempre agressivos. Edinho, perseguido e defensivamente decisivo. Jean, criativo e operário. Deco, Thiago Neves, Wágner em brilhos ocasionais. Abel, criticado – mas firme. Mas teve, acima de todos, Diego Cavalieri – o melhor jogador do campeonato.
 
E Cavalieri teve, além do talento, uma impressionante amizade com a trave. Goleiro bom precisa de sorte, diz o clichê (Castilho assinaria embaixo - ou na trave mais próxima). Cavalieri pegou pensamento em 2012 – mas algumas raras bolas que lhe escaparam beijaram o poste – como se o destino estivesse escrevendo Leiteria 2.0 em três cores em cada travessão deste Brasileiro. Ou como se quisesse escrever, a cada vitória magra: “Vence o Fluminense” como Fluminense.
 
No dia 11 de novembro de 2012, Clara Rocha completou dez anos já sem a presença do avô. A família comemorou num playground no Novo Leblon – com uma festinha que aconteceu durante o jogo entre Palmeiras e Fluminense. Pelos fogos de artifício, Denise acompanhava o andamento dos gols. E comemorava em silêncio. O apito final trouxe um festival de estrondos – e a lembrança quase física do pai. Uma sensação algo difusa – que misturava alegria, tristeza, saudade, adeus. E o pequeno segredo guardado. De certa forma, Denise sentiu que o pai fazia parte desse título. Quase… fisicamente.
 
Antes de morrer, Rocha tinha feito um pedido para as filhas: pretendia ser cremado e gostaria que suas cinzas fossem lançadas em dois lugares: metade em Ubá, metade no gramado do Fluminense Football Club nas Laranjeiras. Em março, Denise e Simone foram até Ubá – onde espalharam a primeira metade das cinzas paternas na Praça São Januário. Faltava a segunda parte da missão.
 
 
Como fazer isso? As irmãs guardaram as cinzas remanescentes numa caixa durante três meses. Pensaram em entrar em contato com o Fluminense. Mas, numa sondagem inicial, ouviram que o clube dificilmente permitiria a “homenagem” (temendo, provavelmente, criar uma tradição).
 
Desistiram das vias oficiais, matutaram, consideraram até uma opção cinematográfica: alugar um helicóptero para sobrevoar as Laranjeiras e fazer o lançamento. Optaram por uma alternativa mais singela: o reconhecimento de terreno. No sábado, 5 de julho, Simone – que mora em Muriaé – e Denise – que vive no Rio – foram até as Laranjeiras para “conhecer” o Fluminense. Maridos, filhos e, secretamente, as cinzas de Antonio Carlos, seguiram juntos.
A preparação foi detalhada. Se houvesse uma chance, as irmãs Rocha não queriam perdê-la. Denise e Simone acomodaram as cinzas remanescentes em seis saquinhos plásticos. Guardaram os saquinhos na bolsa de Simone. Chegaram na portaria dizendo que queriam conhecer o clube. Circularam pelas dependências, visitaram sala de troféus, tiraram fotos, foram até a piscina, ao tênis… e, enfim, chegaram ao campo.
 
Era um sábado algo cinza – e as arquibancadas estavam desertas. Não havia viv’alma nas arquibancadas brancas. Denise e Simone examinaram o perímetro e se aproximaram do portão que dava acesso ao campo. Água. Estava trancado. Não havia como entrar. As irmãs se olharam em tristeza cúmplice. Pensaram em subir nas arquibancadas e jogar das cinzas de lá.
- Mas a distância era grande e achamos que as cinzas não iriam chegar no campo – explicou Denise.
Quando estavam prestes a desistir, a surpresa. Um senhor de cerca de 50 anos abriu o portão e entrou no gramado para… correr. Denise e Simone não hesitaram. Desceram degraus de arquibancada em desabalada carreira e partiram. Denise correu para o grande círculo com três saquinhos, rasgando, um por um,e deixando as cinzas do pai flutuarem sobre o gramado. Simone seguiu para a meta da Rua Álvaro Chaves e, debaixo dela, abriu seus saquinhos. A brisa espalhou as cinzas de Antonio Carlos Rocha no gol defendido por Castilho, Veludo, Cavalieri e tantos outros.
 
Um segurança chegou em silêncio. A cerimônia esbaforida tinha sido detectada. Elas precisavam sair. Denise lembrou assim do dia em que se despediu de verdade de seu pai:
- Lá fomos nós… cada uma com as suas porções. Corremos e espalhamos o sonho de uma vida ali! Quando já estávamos terminando um segurança se dirigiu ao campo para pedir que saíssemos. Mas já tínhamos conseguido jogar tudo! Saimos dali acompanhadas pelo segurança. Ele não falou nada e nós também. Acho que no fundo, ele estava respeitando nosso momento. Para nós era o funeral dele.
 
Do pó-de-arroz viemos, ao pó-de-arroz retornaremos – anotaria um frasista mais ousado. O segurança trancou o gramado com cadeado. Denise e Simone foram embora – com a certeza do adeus cumprido. Quatro meses depois, debaixo de milhares de alucinados pés tetracampeões, Antonio Carlos Rocha continuava ali, anônimo. Tinha virado parte física do Fluminense visível – e também do invisível. Como Castilho, Pinheiro, Marcos Carneiro de Mendonça, Nelson Rodrigues e tantos outros… tinha se tornado um pedacinho do Fluminense maior.